A Communion of Confession/pt

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Como seria nossa adoração à parte dos efeitos do pecado que atrapalham? Cada um de nós experimenta esses momentos turbulentos ao longo do caminho – manhãs de domingo que verdadeiramente competem com nosso desejo de estar no culto. Chegamos à igreja sobrecarregados com o peso de tentar trazer nossas famílias lá a tempo, sobrecarregados com os cuidados do mundo – mas acima de tudo, sobrecarregados com os pecados da semana com os quais não temos tratado. Nós arrastamos tudo isto como um peso, e então, de repente, “Agora vamos ficar em pé e adorar ao Senhor,” diz o pastor. O que tem de errado nesse quadro?

Superficialmente, poderíamos dizer que levantar mais cedo e chegar mais cedo na igreja poderia ajudar. Isto é verdade, mas tempo não é o verdadeiro obstáculo para a adoração – o pecado é. O que reduz nossa motivação na adoração é o fato que nós muitas vezes nos apressamos para entrar na presença de Deus como crianças que entram em casa todas sujas de brincar exatamente no momento do jantar. Apesar de que podemos errar em não reconhecer, o pecado e a sujeira desse mundo estão grudados em nós quando chegamos à Casa de Deus para o culto. Somos lembrados da pergunta do salmista, ”Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3-4). Deus é profundamente ofendido pelo pecado. Ele é santo demais para o tolerar; o pecado impede nossa adoração.

Como então, podemos ser limpos para entrar em Sua presença? Por causa de Cristo e por Ele somente, temos todo o direito de entrar na Casa de Deus. Por nossa causa, Cristo que “a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo” ( Hb 9:14) . Em Cristo nós já fomos feitos justos, santos e purificados. Deus, pelo Seu grande amor e misericórdia, até nos declarou Seus próprios filhos em Cristo ( João 1:12 – 13 ). Nós somos adotados e uma família nos é dada – a igreja. Tendo sido unidos a Cristo nós também somos unidos a todos aqueles que estão em união com Ele.

Esta é nossa verdadeira família, aqueles com quem estamos fazendo a peregrinação para a terra de descanso celeste de Deus , e com eles temos o grande privilégio de a cada Dia do Senhor descansar no riacho ao longo do caminho que Deus tem providenciado para sustentar as almas dos peregrinos exaustos. Deus chama Sua família da aliança a manifestar o fato de que fomos feitos justos, santos e purificados em Cristo. Isto requer que não deixemos pecado entre nós e Deus, ou entre um e outro. Deus nos ensina que quando pecamos contra Ele ou um contra o outro, temos uma obrigação muito simples e clara: confessar nossos pecados.

Falar em confessar nossos pecados soa como catolicismo romano no ouvido de muitos. Afinal, quem ainda confessa os pecados? Para quem iríamos confessar nossos pecados? As Escrituras não estão sem respostas úteis para estas questões, e apontam para vários aspectos da confissão. O primeiro é a confissão coletiva de pecados. Muitas igrejas usam a leitura da Lei de Deus logo no começo do culto para que a igreja possa parar para considerar que mais uma vez ela está na presença de um Deus santo que deve ser reverenciado. Isto geralmente é seguido por uma oração de confissão e a garantia do perdão pela qual somos lembrados, que mesmo tendo quebrado a aliança de Deus, Deus ouvirá nossa confissão e vai “perdoar nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9) para que possamos adorá-Lo.

O segundo aspecto da confissão é entre membros da igreja e seus presbíteros. Há bastante discursos nas igrejas hoje sobre grupos de compromisso, sócios de compromisso, conferências de compromisso e coisas do gênero. Essas coisas podem até ter seu lugar, mas elas não devem permitir que substituem o papel dos presbíteros na vida da igreja. Deus nos deu presbíteros para carregarem nosso fardo em oração, para instruírem a igreja quando necessário, e para providenciar prestação de contas (Hb 13:17). Eles não perdoam nossos pecados por Deus, mas eles nos lembram a graça perdoadora de Deus, e como sub-pastores, eles sempre deveriam nos apontar para nosso Pastor celestial.

O último aspecto da confissão para nossa consideração é entre os membros da igreja. O pecado muitas vezes se infiltra nos nossos relacionamentos e destrói nossa unidade. Isto pode acontecer entre membros de família como também entre membros de igreja. Quando isto acontece, nós somos desafiados liturgicamente! Nós não podemos adorar quando estamos com raiva um do outro. Nós sentimos nossa hipocrisia, e abominamos o fato de que usamos facilmente nossa língua para derrubar aqueles que deveríamos edificar – e agora estamos sentados lado a lado no culto! Portanto, consideremos isto quando nos preparamos para o culto, deveríamos estar certos que não há nenhum pecado secreto no nosso coração do qual não queremos nos arrepender. Também deveríamos estar certos de que não há nada entre nós e outro membro da família ou cristão. E se há, deixe-nos ser dispostos a confessar tal pecado um ao outro como Tiago 5:16 nos ensina, e também estarmos dispostos a perdoar aqueles que nos confessarem seus pecados. Desta maneira nossa comunhão com Deus e uns com os outros não será atrapalhada, e quando chegarmos à Casa de Deus para a adoração, poderemos deixar a sujeira lá fora.


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