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Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus.
1 Pedro 3.18

Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.
Efésios 2.13

Irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria.
Salmos 43.4

Após todas as coisas serem ditas e feitas, Deus é o evangelho. Evangelho signifi ca “boas notícias”. O cristianismo não é teologia em primeiro lugar, e sim, notícias. É como se prisioneiros de guerra ouvissem secretamente, em um rádio, que os aliados haviam chegado e que o resgate seria apenas uma questão de tempo. Os guardas fi cariam a imaginar qual seria a razão para tanta alegria.

Mas qual o principal benefício das “boas notícias”? É que tudo termina em uma única pessoa: no próprio Deus. Todas as palavras do evangelho conduzem a Ele, do contrário, elas não seriam evangelho, as boas notícias. Por exemplo: “salvação” não é uma boa notícia, se ela apenas salva do inferno e não conduz a Deus. “Perdão” não é uma boa notícia, se apenas alivia a culpa e não abre o caminho para Deus. “Justifi cação” não é uma boa notícia, se apenas nos torna legalmente aceitáveis perante Deus, mas não traz comunhão com Ele. “Redenção” não é uma boa notícia, se apenas nos liberta da escravidão, mas não nos leva a Deus. “Adoção” não é uma boa notícia, se apenas nos coloca na família do Pai, mas não em seus braços.

Isso é crucial. Muitas pessoas parecem aceitar as boas notícias, sem aceitar a Deus. Não há evidência infalível de que temos um novo coração só porque queremos escapar do inferno. Esse é um desejo perfeitamente natural, e não sobrenatural. Não é necessário um novo coração para desejar o alívio psicológico do perdão, ou a remoção da ira de Deus, ou a herança do mundo de Deus. Todas essas coisas são naturalmente desejáveis, ainda que não haja qualquer mudança espiritual. Você não precisa nascer de novo para desejar essas coisas. Os demônios também as desejam.

Não é errado desejar essas coisas. De fato, é tolice desprezá-las. Entretanto, a evidência de que fomos transformados é que desejamos essas coisas porque elas nos levam à alegria de Deus. Foi precisamente para essa fi nalidade que Cristo morreu. “Também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pedro 3.18).

Por que essa é a essência das boas notícias? Porque fomos feitos para nos alegrarmos de forma completa e duradoura em reação ao que vemos e experimentamos da glória de Deus. Se nossa maior alegria vem de algo inferior a isso, somos idólatras e desonramos a Deus. Deus nos criou de tal maneira que a sua glória é revelada por meio de nossa alegria nela. O evangelho de Cristo é a boa notícia de que, ao custo da vida de seu próprio Filho, Deus fez tudo o que era necessário para nos cativar com o que nos traria uma alegria eternamente crescente, ou seja, Ele mesmo.

Muito antes de Cristo vir ao mundo, Deus se revelou como a fonte da satisfação completa e duradoura. “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmos 16.11). Então, Ele enviou Cristo a fi m de sofrer “para conduzir-vos a Deus”. Isto signifi ca que Ele enviou Cristo para conduzir-nos a mais profunda e duradoura alegria que um ser humano pode experimentar. Sendo assim, ouça o convite: afaste-se dos “prazeres transitórios do pecado” (Hebreus 11.25) e aproxime-se das “delícias perpetuamente”. Venha a Cristo.

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